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29.12.2015

Ação dos Batistas na tragédia em Minas Gerais

 

 

O sofrimento causado pelo rompimento da barragem de uma mineradora em Mariana - MG, no dia 05 de novembro, levou a Convenção Batista Mineira a agir em favor das vítimas. Uma base de apoio permaneceu na região durante todo o período crítico.

 

No dia 06 a equipe do Comitê de Ação Social da CBM e sua coordenadora, Simone Vieira, viajaram para a cidade de Mariana e deram início aos primeiros trabalhos, sempre apoiados pela orientação do pastor Jorge Simão, da Primeira Igreja Batista de Mariana. A situação de calamidade nos primeiros dias era tão grande que foi necessário aumentar a equipe e outras pessoas juntaram-se em prol da ação.

 

Divididos em grupos, os Batistas começaram a percorrer os distritos e vilarejos próximos que tinham sido atingidos pela gigantesca correnteza de lama e se depararam com a cidade de Barra Longa, que foi muito danificada pela catástrofe.

 

Entendendo que era necessário um esforço maior na cidade de Barra Longa, transferiram-se definitivamente para o local, que foi violentamente atingido. O trabalho foi se intensificando à medida que foi recebendo voluntários de toda a parte do país. Cristãos de diversas denominações juntaram-se a nossa equipe e se organizaram em vários grupos que trabalharam arduamente na distribuição de cestas de alimentos, água, auxílio na limpeza das casas e oferecendo apoio espiritual às vítimas.

 

O Deus que sempre nos surpreende preparou uma situação bastante inusitada para os Batistas e outros evangélicos que trabalharam como voluntários. A base de recepção e apoio onde trabalharam durante todo o tempo foi cedida pelo padre Wellerson Magno Avelino, que abriu as portas da Igreja Católica, permitindo ainda que os crentes realizassem ali os cultos. E mais do que isso, ele foi especialmente atencioso com as necessidades do grande mutirão.

 

Os exemplos de solidariedade não param por aí. Algumas pessoas que moram no entorno da Igreja disponibilizaram espaços em suas casas, que viraram pontos de atendimentos onde foram distribuídas refeições e água para os voluntários.

 

A repercussão das ações na cidade causou grande comoção nos moradores que os apelidaram carinhosamente de “os amarelinhos”. Vários depoimentos deram conta de que a cidade, apesar de todo o sofrimento, viveu uma demonstração de solidariedade singular que motivou as pessoas e contribuiu para amenizar a dor da perda dos bens materiais.

 

Cenas de jovens cantando, voltando encharcados de lama das casas que ajudaram a limpar se tornaram comuns pelas ruas. Para eles era impossível conter a alegria que brotava do coração ao contribuir para reduzir o sofrimento alheio e cumprir o mandamento de Cristo de amor ao próximo.

 

Nem mesmo as dificuldades como fila para as refeições, fila para o banho, trabalho árduo, muito calor, muita lama e alojamento repleto roubaram a alegria destas pessoas que deixaram seus afazeres para o revezamento de auxílio às vítimas.

 

Os cultos realizados na Igreja Católica e ao ar livre deram mostra do quanto as pessoas estão sedentas do amor de Cristo. Muitas conversões aconteceram nestes dias na cidade. Os moradores fizeram questão de participar dos cultos e choraram muito ao ouvir a Palavra de Deus e os cânticos. O diretor executivo da CBM, pastor Márcio Santos, acompanhado pelo diretor executivo da JMN, pastor Fernando Brandão, visitaram o local atingido para viabilizar a manutenção dos voluntários e prestar toda a assistência necessária possível.

 

Não compreendemos as formas de Deus agir, mas entendemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus. A sensação comum a todos é de que realmente valeu a pena, ainda que fosse por uma única alma rendida aos pés de Cristo.

 

Igreja de Cristo sendo relevante fora das quaro paredes

 

Batistas mineiros, paulistas, cariocas, fluminenses, curitibanos e muitos outros passaram pela cidade deixando sua marca. Evangélicos de Campinas e outras cidades, presbiterianos, assembleianos, da Jocum, da Igreja Batista Central, da Lagoinha São Bento, do Diante do Trono, da Getsêmane, de organizações de todo o tipo, e pessoas de todos os lugares do Brasil, apoiaram a iniciativa da Convenção Batista Mineira.

 

A cidade jamais experimentou tamanha dose de solidariedade, e isso ficou claro nos depoimentos que colhemos dos moradores. Um verdadeiro sentimento de gratidão pela vida destes voluntários. A palavra de Deus foi pregada dia e noite através do testemunho, do serviço e dos cultos realizados.

 

O pastor Marcio Santos, acompanhado pelo diretor executivo da JMN, pastor Fernando Brandão, o diretor executivo da CBB, Vanderlei Marins, e vários pastores mineiros participaram do culto que encerrou a primeira fase de ajuda à cidade. O encontro serviu também para selar parcerias para a continuidade do trabalho de evangelização na cidade de Barra Longa. A ideia é expandir os vários grupos que estão estudando a Bíblia nos lares e abrir uma frente missionária na região.

 

Pessoas, Igrejas e organizações de toda a parte do país contribuíram para a recuperação da cidade. Queremos agradecer em nome dos voluntários e dos moradores de Barra Longa. Estejam certos de que Deus está atuando de forma surpreendente naquela comunidade. Louvamos a Deus pela vida dos que contribuíram. Saibam que as orações e ofertas foram bem recebidas e aplicadas. Uma pequena amostra dessa realidade é o depoimento abaixo:

 

“Em nome dos atingidos pela barragem da Samarco em Barra Longa, nosso muito obrigado pela ajuda de todos vocês. Sem essa ajuda seríamos incapazes de dar andamento a todo esse trabalho provocado por esse caos. Queremos todos vocês de volta em breve para comemorar a nossa reconstrução. Que Deus os proteja sempre e possa dar forças para que continuem com esse lindo movimento em prol da ajuda ao próximo. Nós também amamos vocês”. - Edu Oliveira, morador de Barra Longa – MG.

 

 

Litza Alves, comunicação da Convenção Batista Mineira.

 

 

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